sábado, 20 de agosto de 2016

Procurando Dory e a falta de memória


Não é preciso ser muito gênio para perceber que o filme procurando Dory foi muito mais do que um desenho infantil. A animação tratou com sutileza e maestria sobre alguns transtornos cognitivos.

No primeiro filme muitos diziam que a Dory possuía transtorno do Déficit de Atenção, mas mesmo que alguns sintomas apareçam diversas vezes no filme, tudo o que sabemos é que ela sofre de perda de memória.

Assistindo ao filme, me vi muitas vezes no lugar da Dory e vi não apenas os meus pais, mais outras pessoas e até eu mesmo (como pai) no lugar do Marlin, o pai do Nemo. A Dory não compreende a sua limitação e por isso não se incomoda com as repreensões. O Marlin não compreende o jeito da peixinha desmemoriada e, com o passar do tempo, acaba se irritando com os repetitivos erros dela. Na vida as coisas acontecem da mesma maneira. A diferença é que muitos não conseguem entender que não é proposital e que culpar não vai mudar a situação e evitar que isso ocorra novamente.

O Marlin compreendeu e até mesmo se sentiu culpado por isso.

E você? Quantas vezes estourou com alguém e depois ficou com vergonha por precisar se desculpar?

No vídeo eu falo um pouco mais sobre o que senti assistindo ao filme. Se você ainda não o viu, não perca tempo, pois vale muito a pena.



Nenhum comentário:

Postar um comentário