Quem disse que o Whatsapp só atrapalha a nossa vida?
Eu faço parte de alguns grupos de pessoas com TDAH e há pouco tempo aprendi em um deles uma técnica que eu utilizava de outra maneira e que agora ficou mais prática.
Sabe aquele momento em que você tem uma ideia e sabe que vai esquecer? Eu normalmente esqueço mesmo. O que me adaptei a fazer foi andar com um bloquinho de anotações, que chamo de memória. Mas nem sempre é possível estar com a minha memória e caneta em mãos.
Um dos membros do grupo perguntou quem mais utilizava o Whatsapp como ferramenta para guardar lembretes. Eu utilizo de vez em quando. Envio mensagens pra algum contato mais próximo e peço para que me enviem depois.
O que eu não havia pensado era na criação de um grupo em que apenas eu esteja. Então posso despejar ali todos os meus lembretes, dúvidas e afazeres.
Coloquei uma amiga, montei o grupo e depois a exclui. Pronto, agora tenho um grupo intitulado "EU", onde posso mandar qualquer coisa a qualquer momento. E, mesmo que eu não esteja online, a mensagem não enviada vai servir, já que enviei para mim mesmo.
terça-feira, 15 de agosto de 2017
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
A primeira aula tomando Ritalina
Embora seja um daltônico podendo ver as cores pela primeira vez, a sensação que ele sente demonstra o que eu senti a primeira vez em que fui para a faculdade após tomar Ritalina.
Eu senti que uma mágica havia acontecido, os pensamentos não fugiam de minha cabeça e eu consegui me atentar 100% ao que o professor falava. Sim, eu estava focado.
"Então é assim que funciona com todo mundo", pensei.
O que para alguns parece algo tão fácil, algo tão trivial, para outros é extremamente incrível.
Sempre admirei as pessoas que não faziam a lista de compras durante uma aula de Sociologia e hoje, mesmo que através do uso de medicamento, sou capaz de ser uma dessas pessoas.
Agradeço minha psicóloga e eu psiquiatra por terem tirado os mimimis das medicações da minha cabeça e terem aberto os meus olhos e minha mente e hoje eu poder ver o mundo da mesma maneira que este homem passou a enxergar o dele: com novas cores!
Finalizo confessando que chorei assim que ele disse o primeiro "Oh, my God".
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